17/01/14

POR ONDE COMEÇAR... MOTIVAÇÃO E OBJECTIVOS - PARTE 1


Hoje gostava de me armar um bocadinho em psicólogo e falar sobre motivação e objectivos, vamos programar essas cabeças (se algum psicólogo estiver a ler... tenha dó e não me lixe o esquema, assim de repente até é capaz de parecer que percebo alguma coisa disto).

Começar é sempre difícil, eu sou Arquitecto e vivo diariamente com o "pânico da folha branca"!!! Quando e como vamos começar é sempre uma chatice e parece sempre mais difícil à priori. 

O meu melhor exemplo é a minha primeira aula de condução. Para não ganhar "tiques" o meu pai nunca me ensinou a conduzir, quando terminei a primeira aula estava altamente angustiado e a pensar "eu nunca vou conseguir fazer isto". Hoje em dia adoro conduzir e se me perguntarem de que lado está o pedal da embraiagem vou demorar uns segundos a responder, já é totalmente natural e mecânico.
Este é o primeiro conselho, em vez de adiarem continuamente lembrem-se de situações aparentemente difíceis na vossa vida que acabaram por se tornar fáceis e naturais... se não desistirem vai ser assim com a nutrição e exercício.

Segundo conselho, definam bem o vosso objectivo. Não há nada pior do que trabalhar sem rumo. Por exemplo, querem chegar ao vosso peso ideal (original não é... que se lixe, é um objectivo). Valorizem-no, ou seja, "quero chegar ao meu peso ideal para ser mais saudável, ter mais força, melhor aspecto de biquini (eu ia arrasar num biquini)...". Para que serve isto? Naqueles dias cinzentos em que chegam a casa e deviam comer uma banana e fazer um treino de 15 minutos... em vez disso querem é enfiar-se no sofá com um cobertor e um toblerone tamanho familiar... visualizem o objectivo e pensem no que vos vai fazer mais felizes, 5 ou 10 minutos de prazer seguidos de uma imensa letargia e um depressivo sentimento de culpa, ou 15 minutos de treino e uma sensação de dever cumprido que vos deixa felizes mais tempo? 
Por experiência própria, quando me vejo ao espelho de manhã ainda fico espantado (30 anos de só um abdominal para agora ter vários não se engole fácil) e isso dá-me francamente mais prazer que um donut (aaaaaahhhhh donuts, era o meu veneno preferido)!!!

Terceiro, visualizem como querem ficar e ponham isso à frente de todos os disparates. Lembrem-se de como eram infelizes quando comiam o lixo que vos apetecia e odiavam olhar ao espelho. Relativamente ao exercício físico esta parte é extremamente importante. Quando se aperceberem que já sobem escadas a correr, carregam coisas pesadas sem grande esforço e conseguem mandar umas raquetes de praia sem ter um enfarte... lembrem-se de como era mau (achavam vocês) não conseguir fazer nada!!!

Por último, possivelmente o mais importante de todos... NÃO STRESSEM!!!
Se no meio de um dia de trabalho alguma coisa correr menos bem vocês despedem-se e vão para casa? Não pois não? Então porque há-de ser assim com exercício e nutrição? Se falharem um dia (ou dois) o importante é voltarem à guerra e não desistir, não façam disso um hábito e sigam para frente. Não desperdicem o que trabalharam até ao momento e lembrem-se do vosso objectivo. Não é aquele Mars ou 15 minutos de "Querida Júlia" que vos vai fazer mais felizes... mas sentirem-se melhor convosco vai.

Poderão argumentar que nem toda a gente tem uma doença auto-imune como motivação principal, mas a realidade é que nem isso chega às vezes e no meu caso começou antes de o saber. A responsabilidade vai principalmente para estes princípios base que aqui enunciei, a doença só veio reforçar a necessidade.
No próximo post vamos cobrir exercícios motivacionais aparentemente ridículos... ah pois é, vão ver que funcionam lindamente ;)

1 comentário:

ZitaPereira disse...

Bom dia!

Obrigada pela partilha e por ser genuíno quer na forma quer no conteúdo.
Para contextualizar, fui diagnosticada com artrite reumatóide e tive que abrandar (muito) o fitness e desde então ganhei 10 kg que não consigo perder (ou não quero?!). Ando a pensar em iniciar uma dieta paleo mas não passo do pensar. Adoooro doces em todas as suas formas e pão, não resisto a um a dois pães por dia. A unica coisa que até ver fui capaz de fazer foi reduzir na ingestão de massa, arroz e batata; bebo leite uma vez por ano; cereais de pequeno almoço, tb, uma a duas vezes por ano.

Alguma sugestão ou empurrão?

Abraço,
Zita Pereira

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